HORTELÃ

 Bem-vindo a uma exploração fascinante do universo da hortelã – uma erva que vai além de seu aroma refrescante e sabor revigorante. Aqui, mergulhamos em tudo que envolve essa planta icônica, desde suas origens ancestrais até suas múltiplas aplicações na culinária e seus simbolismos em diversas sociedades ao redor do globo.

 Bem-vindo a uma exploração fascinante do universo da hortelã – uma erva que vai além de seu aroma refrescante e sabor revigorante. Aqui, mergulhamos em tudo que envolve essa planta icônica, desde suas origens ancestrais até suas múltiplas aplicações na culinária e seus simbolismos em diversas sociedades ao redor do globo.

 A hortelã, pertencente ao gênero Mentha, é uma erva versátil e amplamente cultivada, com várias espécies, incluindo a hortelã-pimenta (Mentha × piperita) e a hortelã-verde (Mentha spicata). Sua história é profunda e variada, remontando às antigas civilizações do Mediterrâneo, do Oriente Médio e da Ásia. Utilizada tanto na culinária quanto na medicina tradicional, a hortelã era valorizada por suas propriedades aromáticas e terapêuticas, mencionada em textos históricos e mitologias. Na Grécia Antiga, por exemplo, a hortelã era associada à hospitalidade e era usada para perfumar os banquetes.

 Na culinária mundial, a hortelã desempenha um papel essencial como um aromatizante fresco e versátil. Na cozinha do Oriente Médio, é um ingrediente crucial em pratos como tabule e quibe, proporcionando um toque de frescor. Na culinária indiana, a hortelã é utilizada em chutneys, bebidas refrescantes como o lassi de hortelã e como tempero para carnes e vegetais. No Brasil, ela é amplamente usada em sucos, chás, saladas e sobremesas, sempre adicionando uma camada de frescor e vitalidade.

 Culturalmente, a hortelã carrega significados interessantes em diversas tradições. Na mitologia grega, a ninfa Minthe foi transformada na planta hortelã, que desde então simboliza a hospitalidade e a amizade. Em muitas culturas, a hortelã é vista como um símbolo de frescor e pureza, refletindo sua presença em cerimônias e rituais.

 Convidamos você a explorar mais sobre a hortelã, esta erva fascinante que combina história, cultura e nutrição de maneira tão harmoniosa. Que tal experimentar novas receitas e descobrir os muitos sabores que a hortelã pode oferecer? Mergulhe nesta aventura aromática e deixe-se inspirar pelas infinitas possibilidades que esta planta incrível pode trazer para a sua mesa.

PRINCIPAIS hortelãs CULTIVADAS NO BRASIL

Hortelã-pimenta:
Características: Folhas lisas e lanceoladas, de cor verde escura. Aroma forte e refrescante, com um sabor intenso de menta.
Culinária: Popular em saladas, chás, sobremesas e como guarnição de pratos devido ao seu sabor mentolado e aroma penetrante.
Cultivo: Adaptável a diferentes regiões e climas, prefere solos ricos e bem drenados. É uma das variedades mais comuns no Brasil.
Hortelã-verde (Mentha spicata):
Características: Folhas soltas, onduladas e crocantes, de cor verde-clara. Aroma suave e sabor levemente adocicado.
Culinária: Utilizada em saladas, molhos, coquetéis e pratos mediterrâneos. Também é popular em preparações culinárias que necessitam de um toque refrescante sem o mentol forte.
Cultivo: Cresce bem em climas temperados e quentes, sendo resistente a diferentes tipos de solo. Muito comum em hortas caseiras e jardins no Brasil.
Hortelã brava (Mentha suaveolens):
Características: Folhas grandes e ovaladas, com bordas serrilhadas e uma textura aveludada. Aroma delicado e sabor suave.
Culinária: Ideal para chás, saladas de frutas, sobremesas e pratos leves devido ao seu sabor sutil e agradável.
Cultivo: Adaptável a várias condições de clima e solo, preferindo locais com boa exposição solar. Fácil de cultivar e bastante difundida no Brasil.
Hortelã japonesa (Mentha arvensis):
Características: Folhas pequenas e serrilhadas, de cor verde-escura. Aroma intenso e sabor forte de menta.
Culinária: Usada em chás medicinais, saladas, molhos e como tempero em pratos quentes. Destaca-se pelo seu sabor forte e refrescante.
Cultivo: Prefere climas mais frescos e solos úmidos, mas adapta-se bem a diferentes regiões. Comum em áreas rurais e urbanas do Brasil.

Cultivando hortelã: Do Plantio à Colheita

  Bem-vindo ao nosso guia completo sobre a cultura da hortelã, onde você aprenderá os passos essenciais para cultivar hortelãs deliciosas e saudáveis, desde o plantio até a colheita.

MENU DO GUIA

Preparação do Solo:

  Para cultivar hortelã, o solo deve ter boa drenagem, fertilidade e uma quantidade adequada de matéria orgânica. Além disso, deve apresentar boa disponibilidade de hidrogênio e um pH entre 6,0 e 6,8.

PLANTIO:

   Para plantar hortelã, você pode optar por utilizar mudas ou sementes. O cultivo pode ser realizado em bandejas dentro de um ambiente controlado ou diretamente no solo. Cada método possui suas vantagens e desvantagens específicas. Vamos explorar cada um deles detalhadamente.

Plantio direto

  As sementes da hortelã podem ser semeadas diretamente no solo. Nesse caso, recomenda-se um espaçamento de 30 a 45 cm entre plantas. As sementes devem ser plantadas a uma profundidade de aproximadamente 0,5 a 1 cm.

A menor manipulação das plantas reduz o estresse de transplante, permitindo que as raízes cresçam diretamente no local definitivo e proporcionando um crescimento mais vigoroso. Além disso, há um menor custo inicial, pois não há necessidade de sementeiras ou transplantes.

Plantio indireto

 O plantio em bandejas de isopor ou polietileno pode ser uma opção eficaz. Essas bandejas contém células, com um substrato adequado para o cultivo de hortelã, rico em fontes orgânicas e minerais. A semeadura deve ser feita dentro de cada célula, cobrindo-se a semente com terra e irrigando conforme necessário, de forma semelhante ao plantio direto.

 As bandejas devem ser colocadas em um ambiente controlado, como uma estufa, onde a temperatura e a luminosidade podem ser reguladas. É recomendável posicionar as bandejas a pelo menos 1 metro de altura para facilitar o manejo. conforme necessário, de forma semelhante ao plantio direto.

  Após a mudas  atingirem de quatro a seis folhas e, pelo menos, 10-15 centímetros de altura, as mudas estão prontas para o transplante, preferencialmente realizado durante o período do dia com temperatura mais amena. A partir desse ponto, os cuidados devem seguir os mesmos do plantio direto, com atenção constante à irrigação, evitando o encharcamento do solo, que pode levar a doenças nas plantas. Além disso, é importante proteger as hortelãs da exposição direta ao sol.

  O maior controle sobre as condições de germinação e desenvolvimento inicial das mudas reduz as perdas por germinação irregular ou condições adversas no campo. Isso também aumenta a eficiência no uso do espaço de cultivo, pois as plantas podem ser melhor espaçadas após a fase inicial. Além disso, permite uma melhor seleção das mudas mais vigorosas para o transplante, garantindo uma lavoura mais uniforme e saudável.

ADUBAÇÃO

  Antes de plantar as mudas de hortelã, é importante preparar o solo de forma adequada. Isso pode ser feito adicionando matéria orgânica, como composto ou esterco bem curtido. Esse processo não só aprimora a estrutura do solo, mas também fornece os nutrientes essenciais necessários para o crescimento vigoroso das plantas.

  Durante o ciclo de crescimento da hortelã, é benéfico aplicar adubos adicionais para suprir as necessidades nutricionais conforme a planta se desenvolve. Isso pode ser feito utilizando fertilizantes solúveis em água ou adubos orgânicos, garantindo que a hortelã receba os nutrientes necessários para um crescimento saudável.

  O nitrogênio desempenha um papel crucial no crescimento das folhas da hortelã. No entanto, é importante evitar o excesso desse nutriente, pois pode resultar em folhas excessivamente grandes e mais suscetíveis a doenças.

  Além do nitrogênio, fósforo e potássio são nutrientes essenciais para o desenvolvimento das plantas. Utilizar um fertilizante equilibrado, com as proporções adequadas desses nutrientes, garantirá um suprimento adequado para a hortelã.

  A adubação foliar também pode ser uma opção viável para fornecer nutrientes diretamente às folhas da hortelã. Existem produtos específicos no mercado projetados para essa finalidade, oferecendo uma maneira eficaz de garantir que a hortelã receba os nutrientes necessários para o seu crescimento saudável.

  Por fim, é fundamental monitorar de perto o crescimento da hortelã e estar atento a sinais de deficiências nutricionais, como folhas amareladas ou crescimento lento. Isso permitirá fazer ajustes na adubação conforme necessário, garantindo um desenvolvimento saudável e produtivo da hortaliça.

IRRIGAÇÃO

  A hortelã é uma planta que prefere um solo constantemente úmido, porém não saturado. Durante os períodos de crescimento ativo, é crucial manter o solo com essa umidade adequada. Isso implica em irrigar as plantas regularmente, especialmente em regiões com climas quentes ou secos, onde a evaporação da água do solo é mais rápida.

  Quanto ao momento da irrigação, é recomendável fazê-lo de manhã cedo ou no final da tarde, quando a evaporação é menor. Dessa forma, evita-se a perda excessiva de água por evaporação e as plantas podem absorver a água de forma mais eficiente, atendendo às suas necessidades hídricas.

  Existem diferentes métodos de irrigação que podem ser empregados, como o sistema de gotejamento, aspersão ou irrigação por sulcos. A escolha do método dependerá das condições locais e dos recursos disponíveis, mas é crucial garantir que a água seja distribuída de maneira uniforme pelo solo e alcance as raízes das plantas.

  Dado que as raízes da hortelã tendem a se estender profundamente no solo, é essencial irrigar em profundidade suficiente para que a água alcance essas raízes. Isso contribui para um sistema radicular saudável e permite que as plantas resistam melhor a períodos de seca.

  Evitar molhar as folhas da hortelã durante a irrigação, especialmente em horas quentes do dia, é uma prática recomendada. A umidade nas folhas pode favorecer o desenvolvimento de doenças fúngicas. Portanto, é preferível irrigar diretamente na base das plantas.

  Por fim, é fundamental monitorar regularmente a umidade do solo e ajustar a frequência e a quantidade de irrigação conforme necessário. Se o solo estiver muito seco, aumente a frequência de irrigação para evitar o estresse hídrico das plantas. Por outro lado, se estiver muito úmido, reduza a frequência para evitar o encharcamento do solo, o que pode levar ao apodrecimento das raízes.

Capina

  Manter a área livre de ervas daninhas é crucial para o desenvolvimento saudável do hortelã. A presença de ervas daninhas pode competir com a planta por nutrientes, água e luz solar, além de facilitar a proliferação de pragas e doenças. Portanto, é essencial realizar a capina regularmente para garantir um ambiente de cultivo adequado e maximizar a produtividade da cultura.

MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS

  O controle eficaz dessas pragas e doenças deve ser realizado utilizando práticas de manejo integrado de pragas (MIP) e de doenças. Essas práticas incluem a utilização de variedades resistentes, o monitoramento regular das plantas, a aplicação do manejo integrado do GPA, Z+, VIDVIP e VIDVIP PRÓ, conforme recomendação técnica e o manejo adequado do solo e da irrigação para minimizar a incidência de doenças e pragas.

PRINCIPAIS PRAGAS

TRIPES

Thrips tabaci, Thrips palmi, Frankliniella schultzei e Frankliniella occidentalis

Pulgões

Brevicoryne brassicae, Myzus persicae e Lipaphis erysimi

Formigas cortadeiras

Atta spp. e Acromyrmex spp.

Grilo

Gryllus spp.

Paquinha

Neoscapteriscus spp. e Neocurtilla spp.

Lagarta-militar

Spodoptera frugiperda, S. eridania e S. cosmioides

Lagarta-rosca

Agrotis spp.

Lagarta-falsa-medideira

Chrysodeixis includens e Trichoplusia ni

besouro preto

Lagria villosa

Curuquerê da couve

Ascia monuste orseis

Lagarta Helicoverpa

Helicoverpa armigera

Traça das crucíferas

Plutella xylostella

PRINCIPAIS DOENÇAS

Tombamento ou "damping-of

Pythium spp. e Rhizoctonia solani

Podridão-de-raiz e murcha

Pythium spp.

A murcha de Verticillium

Verticillium wilt

Ferrugem

Puccinia spp.

Cercosporiose

Cercospora spp. e Pseudocercospora spp.

Mancha de Alternaria

Alternaria spp.

Oidio

Erysiphe spp. e Oidium spp.

PROTOCOLO DE APLICAÇÕES

1Realize a aplicação de GPA  e VIDVIP no solo, preferencialmente durante o período pré-plantio ou no máximo até 7 dias após a semeadura das sementes. Essa prática visa a proteção contra os microorganismos fitopatogênicos, como fungos, vírus e bactérias, que são prejudiciais à cultura plantada. Ao realizar essa intervenção, promove-se a proteção das plantas contra doenças que poderiam comprometer seu desenvolvimento e produtividade, contribuindo para um melhor estabelecimento e crescimento inicial da cultura.

Dosagem:

  • GPA: 1 l/Ha
  • VIDVIP: 500 ml/Ha

2Realize as aplicações dos produtos no prazo máximo de 7 dias, após a emergência da planta. 

  Ao plantar hortelã por mudas, realize as aplicações dos produtos, após 2 dias do estabelecimento da planta.

Repetições de aplicação: 

  • GPA: 2 a 4 dias (2 vezes na semana).
  • VIDVIP: 2 a 4 dias (2 vezes na semana).
  • Z+: 5 a 7 dias (1 vez na semana).
  • VIDVIP PRÓ: 5 a 7 dias (1 vez na semana).

Dosagem:

  • GPA: 300 ml/Ha
  • VIDVIP: 100 ml/Ha
  • Z+: 150 ml/Ha
  • VIDVIP PRÓ: 100 ml/Ha

3 – Repetições de aplicação: 

  • GPA: 2 a 4 dias (2 vezes na semana).
  • VIDVIP: 2 a 4 dias (2 vezes na semana).
  • Z+: 5 a 7 dias (1 vez na semana).
  • VIDVIP PRÓ: 5 a 7 dias (1 vez na semana).

Dosagem:

  • GPA: 400 ml/Ha
  • VIDVIP: 200 ml/Ha
  • Z+: 200 ml/Ha
  • VIDVIP PRÓ: 200 ml/Ha

4 – Repetições de aplicação: 

  • GPA: 2 a 4 dias (2 vezes na semana).
  • VIDVIP: 2 a 4 dias (2 vezes na semana).
  • Z+: 5 a 7 dias (1 vez na semana).
  • VIDVIP PRÓ: 5 a 7 dias (1 vez na semana).

Dosagem:

  • GPA: 400 ml/Ha
  • VIDVIP: 200 ml/Ha
  • Z+: 200 ml/Ha
  • VIDVIP PRÓ: 200 ml/Ha

É crucial seguir as instruções do fabricante quanto às dosagens e métodos de aplicação, bem como monitorar regularmente as condições das plantas para ajustes necessários no cronograma de pulverização.

Colheita e Pós-Colheita

Colheita

  A hortelã pode ser colhida cerca de 40 dias após o plantio. Para colher, retire as folhas conforme necessário, preferencialmente pela manhã, quando os óleos essenciais estão mais concentrados. Utilize uma tesoura ou faca afiada para cortar os caules, deixando pelo menos 5 cm da planta acima do solo. Isso permite que a hortelã continue a crescer vigorosamente para futuras colheitas.

Armazenamento

  Para armazenar folhas frescas de hortelã, mantenha-as na geladeira, onde podem durar até uma semana. Coloque-as em um saco plástico para ajudar a preservar a umidade. Se preferir secar as folhas, você pode deixá-las ao ar livre ou usar um desidratador. Uma vez secas, armazene-as em recipientes herméticos em um local fresco e escuro. Outra opção é congelar a hortelã: coloque as folhas em bandejas de cubos de gelo com água e congele para uso posterior. Esses métodos garantem que a hortelã mantenha seu frescor e sabor por mais tempo.

CONCLUSÃO

  Cultivar hortelã é uma excelente maneira de ter sempre à mão uma erva aromática fresca e saudável. Seguindo as etapas deste guia, você poderá desfrutar de colheitas abundantes e utilizar a hortelã em suas refeições diárias e tratamentos caseiros.

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